O mercado de arte, valorizado em todo o mundo, encanta os olhos pela beleza, traços e nuances e as peças podem ser analisadas por horas, dias ou mesmo anos (Monalisa, de Da Vinci, que o diga). O que atrai os olhos também pode ser uma ótima opção para quem busca valorização financeira. Pouca gente sabe, mas as vendas globais de obras de arte e antiguidades atingiram uma estimativa de US$ 64,1 bilhões em 2019, de acordo com a Art Basel. Os três principais centros de arte do mundo são os Estados Unidos, Reino Unido e China, que representam a maior parte do valor das vendas globais em 2019. Nesse mesmo contexto, os EUA se consolidam como o maior mercado mundial e representam 44% das vendas globais em valor.
Entre os grandes nomes do mercado de obras de arte, destaque para Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio, Monet, Van Gogh, Jackson Pollock, Jean Michel Basquiat e Andy Warhol. Quando se fala em arte, a primeira lembrança pode ser telas e pinturas, mas vale lembrar que esculturas, ilustrações e outras peças de cunho artístico também têm alto valor cultural e financeiro.
Quanto custa uma obra de arte?
Como tudo que é negociado, os valores das obras de arte variam bastante. Já houve leilão de uma obra de Picasso por US$179 milhões, enquanto Botticelli teve um quadro vendido 100 vezes mais caro pelo valor adquirido pelo seu antigo dono, que o comprou por £ 810 mil.
Geralmente, quanto mais antigas ou reconhecidas as obras e seus autores, maior seu valor. Além do preço de compra em si, vale lembrar que itens dessa natureza exigem um condicionamento adequado, garantindo abrigo de iluminação e umidade para que não haja danos ao material físico.
Quando investir em obras de arte?
Você já deve ter percebido que adquirir obras de arte não é a primeira opção para quem quer investir. Trata-se de uma alternativa para quem busca reserva de valor. A lógica é simples: os itens artísticos não sofrem oscilações de preço baseados em inflação, por exemplo, como as moedas, que são vinculadas às situações político-financeiras dos Estados. Portanto, a alternativa é voltada para quem já dispõe de um patrimônio financeiro elevado e já aplicado em ativos diversificados.
Ok, e como faço para investir nesse segmento?
Há uma série de possibilidades de aplicação do seu capital no segmento de obras de arte. A mais simples (e óbvia) é a aquisição da peça em si. É possível, ainda, fazer lances em leilões e galerias ou financiar artistas em início de carreira. De toda forma, é necessário verificar a procedência do produto e exigir o certificado de autenticidade da obra.
Não se trata de uma área com retorno financeiro a curto prazo. Por isso, estude bem a obra a ser adquirida e saiba que seu retorno só será percebido após alguns anos.
Conheça algumas das obras responsáveis pelas maiores transações financeiras nesse segmento
A pintura "Salvator Mundi" (Salvador do Mundo), de Leonardo da Vinci, foi leiloada em Nova York, em 15 de novembro de 2017, por 450 milhões de dólares, tornando-se o quadro mais caro de todos os tempos. A pintura a óleo representando Cristo foi feita em madeira há 500 anos e mede 66 x 46 cm.
O quadro Willem de Koonings nomeado “Interchange” foi vendido por US$ 300 milhões, em uma venda privada, em 2015.
Paul Gauguin pintou o quadro “Nafea Faa Ipoipo (When will you marry me?)”, retratando duas mulheres taitianas, local onde o artista morou por alguns anos. A obra foi vendida em 2015, pelo equivalente a US$ 300 milhões.
A obra “Os jogadores de carta” de Paul Cézannes foi vendida em abril de 2011, pelo valor de US$ 250 milhões.
A obra de Mark Rothko (artista russo renomado por seu estilo expressionista abstrato), intitulada de “Nº 6 (Violet, Green and Red) foi vendida em 2014, por US$ 186 milhões em uma venda privada.
Rembrandt, ilustre pintor renascentista, teve uma de suas obras, “Pendant portraits of Maeten Soolmans ans Ooplen Coppit” vendida em 2015, por US$ 180 milhões.
O quadro "As mulheres de Argel (versão 0)", de Pablo Picasso, foi leiloado em 11 maio de 2015 por mais de US$ 179 milhões. Com essa transação, o pintor moderno espanhol aparece quatro vezes na lista das obras de arte que alcançaram os lances mais altos.
Amedeo Modigliani pintou o "Nu deitado" em 1917, três anos antes de morrer. Em novembro de 2015, a tela foi arrematada na Christies de Nova York por US$ 170,4 milhões.
A pintura Pop-Art, nomeada “Masterpiece”, feita por Roy Lichtenstein foi vendida em janeiro de 2017, por US$165 milhões.
"Três estudos de Lucian Freud", de Francis Bacon, era, até maio de 2015, o quadro mais caro já leiloado. Em 2013, os retratos que o inglês fez do também pintor Freud foram arrematados por US$ 142,4 milhões.